Parábola dos trabalhadores da vinha-Introdução (Parte 1)

10/03/2016 15:25

                                     

       

"Pois o Reino dos céus é como um proprietário que saiu de manhã cedo para contratar trabalhadores para a sua vinha.
Ele combinou pagar-lhes um denário pelo dia e mandou-os para a sua vinha.
"Por volta das nove horas da manhã, ele saiu e viu outros que estavam desocupados na praça, e lhes disse: ‘Vão também trabalhar na vinha, e eu lhes pagarei o que for justo’.
E eles foram. "Saindo outra vez, por volta do meio-dia e das três horas da tarde, fez a mesma coisa.
Saindo por volta da cinco horas da tarde, encontrou ainda outros que estavam desocupados e lhes perguntou: ‘Por que vocês estiveram aqui desocupados o dia todo? ’
‘Porque ninguém nos contratou’, responderam eles. "Ele lhes disse: ‘Vão vocês também trabalhar na vinha’.
"Ao cair da tarde, o dono da vinha disse a seu administrador: ‘Chame os trabalhadores e pague-lhes o salário, começando com os últimos contratados e terminando nos primeiros’.
"Vieram os trabalhadores contratados por volta das cinco horas da tarde, e cada um recebeu um denário.
Quando vieram os que tinham sido contratados primeiro, esperavam receber mais. Mas cada um deles também recebeu um denário.
Quando o receberam, começaram a se queixar do proprietário da vinha, dizendo-lhe: ‘Estes homens contratados por último trabalharam apenas uma hora, e o senhor os igualou a nós, que suportamos o peso do trabalho e o calor do dia’.
"Mas ele respondeu a um deles: ‘Amigo, não estou sendo injusto com você. Você não concordou em trabalhar por um denário?
Receba o que é seu e vá. Eu quero dar ao que foi contratado por último o mesmo que lhe dei.
Não tenho o direito de fazer o que quero com o meu dinheiro? Ou você está com inveja porque sou generoso? ’
"Assim, os últimos serão primeiros, e os primeiros serão últimos".
Mateus 20:1-16
 
Abordaremos hoje uma parábola que ensina principalmente, sobre a graça, bondade e justiça de Deus para com todos os homens.
Analisando a parábola com "olhos humanos" pode inicialmente parecer ao leitor que o proprietário foi de certa forma injusto com os primeiros trabalhadores contratados, afinal, quem trabalhou mais deveria ganhar mais, mas como veremos isso não é verdade e com este exemplo aprenderemos ainda como Deus estabelece os critérios de salvação e de como recompensa todos aqueles que se dispõem a trabalhar pela implantação do seu Reino neste mundo.
 

Abordagem superficial

Na primeira abordagem à parábola o que vemos é um proprietário de uma fazenda que tem uma empreitada em sua propriedade e precisará de um bom número de trabalhadores para a realização dela. Ele sai e começa a contratar pessoas. Lá pelas 7h da manhã contrata alguns trabalhadores que deverão trabalhar das 8h às 18h. Ele combina que lhes pagará ao final do dia um denário [pagamento por um dia de trabalho]. Lá pelas 9h, encontra mais alguns e combina o mesmo valor pelo trabalho até às 18h. Às 15h, contrata ainda alguns, para trabalhar também até às 18h e ainda às 17h contrata outros, tudo pelo mesmo valor. No fim do expediente, o dono da fazenda vai fazendo os pagamentos e aqueles trabalhadores que começaram o trabalho mais cedo acusam o dono da fazenda de ser injusto, achando que ele dever-lhes-ia pagar mais por terem trabalhado mais.

Mas será que ele foi mesmo injusto?

Vejamos: a vinha; o salário; o trabalho; os critérios e regras são do proprietário; o convite e o chamado é feito pessoalmente pelo proprietário; a hora da escolha e do chamado pertence ao proprietário; a busca pelos trabalhadores e o pagamento ao final do combinado é também feito pelo proprietário…
Sendo assim de que forma se poderá acusar este de ser injusto?
Aquilo que ele combinou, foi o que fez. O denário combinado foi o que foi pago:
Mas o proprietário, respondendo, disse a um deles: Amigo, não te faço injustiça; não combinaste comigo um denário? 
Mt 20. 13
Na verdade, o problema estava naqueles homens que invejavam o que o dono da fazenda fez pelos outros que trabalharam menos. Eles deixaram de enxergar a justiça que receberam o combinado para questionar a bondade do dono da vinha para com os outros trabalhadores.
O dono da fazenda foi justo para com todos, pois com todos cumpriu o acordado. E ele ainda deixa claro que tinha soberania sobre o que era dele para fazer o que quiser. Ele tinha liberdade de distribuir a sua graça a quem quisesse. É evidente que ele foi muito bondoso com os que trabalharam menos, o que deixou os outros trabalhadores revoltados injustamente. 
Porventura, não me é lícito fazer o que quero do que é meu? Ou são maus os teus olhos porque eu sou bom? 
Mt. 20. 15
Mas seja como for, mesmo com "olhos humanos" é impossível acusar o proprietário de injustiça pois ele cumpriu com todos o que combinou e qualquer tipo de acusação, ainda que injusta, só poderá ser à sua bondade e graça, o que faz dos seus acusadores nada mais, nada menos do que invejosos. Devemos cuidar para não sermos enganados pelas nossas percepções humanas a ponto de errarmos achando que o proprietário (que como veremos na segunda parte representa o Deus todo poderoso) está sendo injusto, ou julgá-lo, achando que Ele não pode distribuir a sua bondade da forma que desejar. Faça como fizer, o dono da Fazenda (Deus) sempre estará agindo dentro da justiça, bondade e graça com cada um dos seus trabalhadores.
Assim terminamos esta primeira parte analisando a parábola em sua vertente superficial, na segunda veremos a lição mais profunda que ela ensina a todos os que servem a Deus e a todos os que desejam servir e ainda perceberemos o que significa:
"Assim, os últimos serão primeiros, e os primeiros serão últimos".
Continua…
 

Fontes:

Explicando as parábolas de Jesus: Os trabalhadores da vinha
https://www.esbocandoideias.com/2011/09/explicando-as-parabolas-de-jesus-os-trabalhadores-da-vinha.html
Mateus 20 1-34 - A PARÁBOLA DOS TRABALHADORES DA VINHA.
https://www.jamaisdesista.com.br/2015/08/mateus-20-1-34-parabola-dos.html