O verdadeiro significado da Páscoa (act.2024)
14/03/2024 13:40
Nota: A atualização deste estudo refere-se ao ponto: Elementos da Páscoa na vida Cristã
¹² E eu passarei pela terra do Egito esta noite, e ferirei todo o primogênito na terra do Egito, desde os homens até aos animais; e em todos os deuses do Egito farei juízos. Eu sou o Senhor.
¹³ E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando eu ferir a terra do Egito.
¹⁴ E este dia vos será por memória, e celebrá-lo-eis por festa ao Senhor; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo.
Êxodo 12:12-14
Aproveitando a comemoração da data festiva judaico-cristã, postamos hoje um estudo sobre a origem desta comemoração de grande importância. Hoje em dia poucos são os que realmente comemoram a páscoa pelo que ela é, e por isso é importante que o cristão saiba e até elucide os seus familiares e amigos da história da Páscoa quando da sua comemoração.
A Páscoa
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A Páscoa é uma das datas comemorativas mais importantes do nosso calendário. Atualmente, tornou-se uma data tão comercial, que poucos lembram ou conhecem seu verdadeiro significado. Para além dos chocolates e presentes, reforçamos aqui a origem do termo, que remonta a aproximadamente 1.445 anos antes de Cristo.
Para contextualizarmos, neste período, de acordo com a Bíblia, os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó viviam como escravos há cerca de quatrocentos anos no Egito. A fim de libertá-los, Deus designou Moisés como líder do povo hebreu (Êxodo 3-4).
Em obediência ao Senhor, Moisés dirigiu-se a Faraó a fim de transmitir-lhe a ordem divina: “Deixa ir o meu povo”. Para conscientizar o rei da seriedade da mensagem, Moisés, mediante o poder de Deus, invocou pragas como julgamentos contra o Egito.
No decorrer de várias dessas pragas, o Faraó concordava deixar o povo ir, mas, a seguir, voltava atrás, uma vez a praga sustada. Soou a hora da décima e derradeira praga, aquela que não deixaria aos egípcios nenhuma outra alternativa senão a de lançar fora os israelitas: Deus mandou um anjo destruidor através da terra do Egito para eliminar “todo primogênito... desde os homens até aos animais” (Êx.12.12).
A primeira Páscoa
Como os israelitas também habitavam no Egito, o Senhor emitiu uma ordem específica a seu povo. A obediência a essa ordem traria a proteção divina a cada família dos hebreus, com seus respectivos primogênitos. Cada família tomaria um cordeiro macho, de um ano de idade, sem defeito e o sacrificaria. Famílias menores podiam repartir um único cordeiro entre si (Êx. 12.4).
Os israelitas deviam aspergir parte do sangue do cordeiro sacrificado nas duas ombreiras e na verga da porta de cada casa. Quando o destruidor passasse por aquela terra, ele não mataria os primogênitos das casas que tivessem o sangue aspergido sobre elas. Daí o termo Páscoa, do hebreu pesah, que significa “pular além da marca”, “passar por cima”, ou “poupar”.
Assim, pelo sangue do cordeiro morto, os israelitas foram protegidos da condenação à morte executada contra todos os primogênitos egípcios. Deus ordenou o sinal do sangue, não porque Ele não tivesse outra forma de distinguir os israelitas dos egípcios, mas porque queria ensinar ao seu povo a importância da obediência e da redenção pelo sangue, preparando-o para o advento do “Cordeiro de Deus,” Jesus Cristo, que séculos mais tarde tiraria o pecado do mundo (Jo. 1.29).
Deus fez uma prefiguração do sacrifício de Jesus quando instruiu os israelitas a comemorar a Páscoa
De acordo com a Bíblia, no livro de Êxodo, capítulo 12, versículo 31, naquela mesma noite Faraó, permitiu que o povo de Deus partisse, encerrando assim, séculos de escravidão e inaugurando uma viagem que duraria quarenta anos, até Canaã, a terra prometida.
A partir daquele momento da história, os judeus celebrariam a Páscoa toda a primavera, obedecendo às instruções divinas de que aquela celebração seria “estatuto perpétuo” (Ex. 12.14). Era, porém, um sacrifício comemorativo, exceto o sacrifício inicial no Egito, que foi um sacrifício eficaz.
Elementos da Páscoa na vida cristã
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Existe nas Escrituras um recurso usado por Deus para nos ensinar, que são as figuras ou tipos. É uma linguagem que usa da representação, através de cores, metais, objetos, eventos, festas, números e pessoas visando nos transmitir uma mensagem. No que se refere a páscoa judaica, existe nesta festividade elementos que podemos aplicar a nossa vida cristã. Vejamos:
Há pelo menos quatro elementos da páscoa judaica que se aplicam a vida cristã e que importam conhecermos:
O primeiro é o cordeiro, que como já vimos se refere a Jesus, como o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
O segundo é o fermento, na páscoa judaica pão sem fermento era consumido, e o fermento na bíblia é figura do pecado. Paulo disse: Por isso, celebremos a festa não com o velho fermento, nem com o fermento da maldade e da malícia, e sim com os asmos da sinceridade e da verdade. 1 Coríntios 5:8.
O terceiro elemento eram as ervas amargas, que ao comer lembravam da vida de sofrimento no Egito, da mesma sorte, nós nesses dias devemos celebrar a páscoa lembrando da vida amarga da escravidão de pecados que vivemos sem Cristo, e que através da redenção alcançamos paz com Deus.