O epilético endemoniado - As consequências da incredulidade
20/11/2017 11:50
Quando chegaram onde estavam os outros discípulos, viram uma grande multidão ao redor deles e os mestres da lei discutindo com eles.
"Ó geração incrédula, até quando estarei com vocês? Até quando terei que suportá-los?
Mas, se podes fazer alguma coisa, tem compaixão de nós e ajuda-nos. "
Imediatamente o pai do menino exclamou: "Creio, ajuda-me a vencer a minha incredulidade! "
Depois de Jesus ter entrado em casa, seus discípulos lhe perguntaram em particular: "Por que não conseguimos expulsá-lo? "
Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam.
Quando chegaram onde estavam os outros discípulos, viram uma grande multidão ao redor deles e os mestres da lei discutindo com eles.
Logo que todo o povo viu Jesus, ficou muito surpreso e correu para saudá-lo.
Perguntou Jesus: "O que vocês estão discutindo? "
Um homem, no meio da multidão, respondeu: "Mestre, eu te trouxe o meu filho, que está com um espírito que o impede de falar.
Onde quer que o apanhe, joga-o no chão. Ele espuma pela boca, range os dentes e fica rígido. Pedi aos teus discípulos que expulsassem o espírito, mas eles não conseguiram".
Respondeu Jesus: "Ó geração incrédula, até quando estarei com vocês? Até quando terei que suportá-los? Tragam-me o menino".
Então, eles o trouxeram. Quando o espírito viu Jesus, imediatamente causou uma convulsão no menino. Este caiu no chão e começou a rolar, espumando pela boca.
Jesus perguntou ao pai do menino: "Há quanto tempo ele está assim? " "Desde a infância", respondeu ele.
"Muitas vezes o tem lançado no fogo e na água para matá-lo. Mas, se podes fazer alguma coisa, tem compaixão de nós e ajuda-nos. "
"Se podes? ", disse Jesus. "Tudo é possível àquele que crê. "
Imediatamente o pai do menino exclamou: "Creio, ajuda-me a vencer a minha incredulidade! "
Quando Jesus viu que uma multidão estava se ajuntando, repreendeu o espírito imundo, dizendo: "Espírito mudo e surdo, eu ordeno que o deixe e nunca mais entre nele".
O espírito gritou, agitou-o violentamente e saiu. O menino ficou como morto, a ponto de muitos dizerem: "Ele morreu".
Mas Jesus tomou-o pela mão e o levantou, e ele ficou em pé.
Depois de Jesus ter entrado em casa, seus discípulos lhe perguntaram em particular: "Por que não conseguimos expulsá-lo? "
Ele respondeu: "Essa casta só sai pela oração e pelo jejum".
Marcos 9:14-29
Em Marcos 9 14-29, vemos a dor dum pai desesperado que procura por um milagre na vida de seu filho, porém, anos se passaram e ele não conseguiu achar ninguém que lhe pudesse dar essa alegria.
Muitas pessoas hoje em dia passam pela mesma situação. Há anos sofrem com algum problema e não conseguem achar uma solução. Elas lutam e procuram por todo o lado, mas o casamento continua a desmoronar; o filho continua nas drogas; a doença parece não ter cura; elas procuram mas a porta do trabalho não se abre. Quando isso acontece, preocupações e tristezas são os elementos que preenchem a vida e como veremos aqui a principal causa destes sofrimentos é a incredulidade humana em relação ao seu Criador.
O estado de espírito do pai
Vemos neste homem alguém que embora tenha ouvido falar em Jesus ainda assim tinha pouca fé que Ele pudesse resolver o seu problema. Vamos em primeiro lugar analisar a primeira resposta de Jesus à interpelação do homem:
"Ó geração incrédula, até quando estarei com vocês? Até quando terei que suportá-los?
Marcos 9:19
Jesus aqui agastado e em jeito de desabafo, se dirige a todos que lá se encontravam como incrédulos, incluindo o pai da criança e não somente os discípulos (porque não conseguiram efetuar a cura). Logo aqui temos então uma repreensão (embora que indireta) ao pai da criança por sua incredulidade.
Mas se dúvidas existissem sobre a incredulidade do pai, elas logo são esclarecidas no decorrer do diálogo:
Mas, se podes fazer alguma coisa, tem compaixão de nós e ajuda-nos. "
"Se podes? ", disse Jesus. "Tudo é possível àquele que crê. "
Marcos 9:22,23
Aqui vemos que o pai começou a sua petição com um “se podes”. Ele demonstrou a sua desconfiança na CAPACIDADE do Senhor. É por isso que o que seguiu não foi a imediata ação do Senhor, mas sua nova repreensão. A petição do pai não foi do agrado do Senhor pois a questão não é "Se Ele pode", mas sim "Se Ele quer"!
E logo a seguir o próprio pai assume a sua incredulidade, pedindo ajuda para vencer a mesma:
Imediatamente o pai do menino exclamou: "Creio, ajuda-me a vencer a minha incredulidade! "
Marcos 9:24
O pecado da incredulidade
Não nos enganemos, a incredulidade é pecado e são vários os exemplos bíblicos em que os incrédulos sofrem por isso mesmo. Esta passagem consta das escrituras para nos mostrar que o mal da incredulidade pode atrair grandes problemas ao homem e aos que o rodeiam.
Deus se revela neste mundo através das coisas criadas, o seu perfeito funcionamento revela a natureza do Criador, para além das palavras de Jesus demonstrarem o verdadeiro Amor e Justiça divina, expondo o homem como verdadeiramente ele é, e mostrando-lhe a necessidade de arrependimento. Negar tais fatos esconde em si mesmo o pecado do orgulho e da auto-justiça, pelo que tudo se relaciona com a incredulidade. Deus entende a nossa fraqueza e até pouca fé, mas não gosta de quem se apresenta com uma incredulidade assente em moldes que negam estas evidências.
Obviamente esse não foi o caso do pai desta passagem que se apresentou a Jesus com humildade e por isso obteve misericórdia. Mas ainda assim a sua incredulidade, como veremos teve consequências e por isso foi repreendida.
A incredulidade contamina os que nos rodeiam
Vemos também nesta passagem que além da incredulidade ser motivo de censura divina, ela também contamina e expõe ao perigo aqueles que convivem connosco e amamos. Não nos iludamos, nossas atitudes influenciam aqueles que nos rodeiam e somos responsáveis por aqueles que dependem de nós. Nossas crenças e atitudes influenciam todo esse circulo de relacionamentos. Quem é incrédulo em Deus, não segue os seus mandamentos, e quem não segue os mandamentos de Deus peca e se afasta deliberadamente do Criador, dessa forma se torna um alvo fácil para o poder das trevas que sempre atacam quando Deus é afastado.
Se colocamos alguém no mundo somos responsáveis por sua educação e hoje vemos muitos exemplos do que a acontece quando as famílias ignoram a Deus: Pais incrédulos abrem as portas de sua casa ao maligno que contamina as mentes dos seus filhos com influência satânica através de uma educação deficiente em valores morais. Muitos deixam as crianças consumirem programas de má influência na TV, videojogos violentos, músicas de apelo à rebeldia, etc. Isto para nem falar no mau exemplo que as atitudes erradas dos pais podem ter nos mais jovens. Por este motivo entendemos melhor agora porque Jesus se mostrou tão agastado com este problema levando-o ao seu desabafo inicial. Nós não somos uma "ilha" e temos responsabilidades sobre os outros.
Uma casta de demónios perigosa
Depois de Jesus ter entrado em casa, seus discípulos lhe perguntaram em particular: "Por que não conseguimos expulsá-lo? "
Ele respondeu: "Esta casta só sai pela oração e pelo jejum".
Marcos 9:28,29
Ficamos ainda a saber nesta passagem que a casta de demónios que atacava a criança era muito forte pelo que daí se percebe o perigo destas influências nos mais novos. Se queremos ter livre arbítrio também temos que assumir a responsabilidade que ele acarreta perante os que nos rodeiam e podem ter a certeza que as trevas, encontrando uma brecha, não pedem licença para entrar. Eles atacam com prazer crianças expostas pelos pais a influências demoníacas e como vemos no texto o seu objetivo é claro, destruí-las!
E, se como vemos o primeiro passo da cura é a oração, mostrando uma clara derrota do eu, da incredualidade, o Senhor menciona ainda nestes casos que o jejum pode realmente ser necessário. E isso é compreensivel pois imagine-se, por exemplo, um problema com drogas, é evidente que a vítima terá que se abster das mesmas pós libertação para não voltar a ser atacada.
O Senhor ajuda até na incredulidade
Mas embora o pai sofresse do mal da incredulidade, mal esse que impede o agir de Deus, Jesus ainda assim o ajudou. O Senhor nunca vai mandar embora qualquer um que honestamente o busca por ajuda. Quando alguém o chama honestamente, o Senhor estende a Sua mão para ajudar. Que Senhor maravilhoso! Não é uma questão de Sua capacidade, mas de Sua vontade. É esta vontade que deve levar a ênfase em nossas orações. “Se você quer, você pode”. Se não “faça-se a tua vontade" (Mateus 26:42).
A frase “se podes?” é uma frase de descrença que o Senhor repreende. No entanto, mesmo se alguém sente ter pouca fé, mesmo que a descrença exista, mas se virou verdadeiramente a Ele, o Senhor não vai abandonar. Ele não permitirá a perda de qualquer alma que sinceramente o busca.
A última via deveria ser a primeira
O grande problema é que muitos procuram a solução dos seus problemas em todo o lado menos em Jesus, muitas vezes até o rejeitando deliberadamente. E alguns até mesmo quando o procuram, fazem com uma desconfiança não humilde. Desconfiança essa que hipoteca a sua chance de ser ouvido, e não humilde porque muitos não se apresentam da forma como esse pai desesperado se apresentou. Ele pediu para que Deus o ajudasse em sua incredulidade, mas ele foi humilde suficiente para demonstrar que sabia que Deus não lhe devia nada. A culpa do sofrimento humano tem sempre a sua origem no próprio pecado e isso é algo que sempre deve estar presente em nossos corações e nas nossas petições a Deus.
A fé pode até ser pequena, mas o primeiro passo deve ser nosso
Mas ainda que Deus não nos requeira uma “grande” fé, espera o nosso primeiro passo em direção a Ele. Jesus só espera que nos acheguemos a Ele, lhe contemos o que está acontecendo, peçamos a sua ajuda e confiemos em seu poder. Ele falou: “Tudo é possível ao que crê”, tudo podemos se crermos, isto é, pedir e ter a certeza de que Deus já nos concedeu o que pedimos (isto claro se for o melhor para nós). Se está difícil de crer, devemos fortalecer nossa fé, pedindo a ajuda de Deus, mas também nos esforçando para isso, estando em comunhão com Ele sempre.
Conclusão
Num mundo cada vez mais incrédulo e afastado de Deus esta passagem é em primeiro lugar um aviso do que essas atitudes acarretam. A incredulidade traz atrelada a si ataques demoníacos e por consequência dor e sofrimento, não apenas ao incrédulo mas também aos que o rodeiam.
A incredulidade é por isso um pecado grave e que gera a repreensão divina, mas ainda assim vemos que Deus para ajudar não exige nada mais que nosso primeiro passo na procura por Jesus. O homem deve simplesmente quebrar o orgulho e prepotência tendo a humildade de reconhecer a sua culpa e fraqueza perante muitas das circunstâncias da vida. Fraqueza essa em resolver os seus problemas sozinho, mas também da fraqueza de sua fé.
Perante tudo isto vemos que é uma obrigação e sempre um ato de amor do cristão alertar os incrédulos para as consequências da incredulidade para com eles e para com os que os rodeiam. Devemos dizer-lhes que Jesus está disponível a todos que o buscam, oferecendo cura e proteção, desde que, com o devido respeito e humildade, se dê o primeiro passo na sua direção. Quanto a nós, cristãos que cremos, façamos então a nossa parte de alertar os incrédulos, pois ainda que possamos sofrer oposição dizendo a verdade, essa é a nossa Missão!
Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam.
Hebreus 11:6
Fontes:
“Se tu queres ou se tu podes?”
www.jba.gr/Portuguese/Se-tu-queres-ou-se-tu-podes.htm
Ajuda a minha incredulidade!
https://ib7.org/artigos/cafe-com-deus/335-ajuda-a-minha-incredulidade
Eu creio, ajuda a minha pouca fé
https://iluminareaquecer.blogspot.pt/2012/11/ano-da-fe-eu-creio-ajuda-minha-pouca-fe.html