Rico e Lázaro, duas vidas, dois destinos na eternidade

13/06/2022 16:17
                         
 
Ora, havia um homem rico, e vestia-se de púrpura e de linho finíssimo, e vivia todos os dias regalada e esplendidamente.
Havia também um certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de chagas à porta daquele;
E desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as chagas.
E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado.
E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio.
E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.
Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado.
E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá.


Lucas 16:19-26
 

Rico e Lázaro, parábola ou realidade?

Hoje abordamos uma história contada por Jesus que erradamente muitos chamam de parábola. O episódio relatado em Lucas 16:19-31 realmente aconteceu, é uma história verdadeira. Se fosse uma parábola, não foi identificada como tal, e é a única em que é dado o nome dos participantes, pelo que, como Jesus não mente, nem inventa nada com personagens reais, temos como facto que estamos perante uma história que realmente aconteceu. Jesus efetivamente relatou a história como se fosse verdade.
 

Seio de Abraão e Inferno

 Antes da ressureição de Cristo este era o esquema do Sheol (morada dos mortos)

 
E sem entrar em grandes pormenores sobre o mundo dos mortos antes de Cristo, fica claro que antes da vinda de Jesus a este mundo as almas dos mortos ficavam retidas em alguma dimensão inferior localizada no seio da terra. Essa dimensão era, no entanto, dividida em dois setores, um onde ficavam retidos os ímpios e outro onde ficavam os que Deus achava por purificáveis e justos, este era um lugar de descanso a que os judeus chamavam Seio de Abraão.

 Estado dos mortos depois da ressureição de Cristo

 
Em nossa opinião só após a descida de Cristo a este lugar pós sua morte física estas almas foram libertadas e puderam regressar às dimensões superiores com o Salvador, veja:
"Por isso diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens.
Ora, isto - ele subiu - que é, senão que também antes tinha descido às partes mais baixas da terra?"
Efésios 4:8,9
 
Vemos também nesta história que as almas, quer estivessem no tormento, ou no seio de Abraão. estavam completamente conscientes pós-morte física, contrariando muitas opiniões de seitas que afirmam o contrário. Dito isto passemos à lição simples que nos revela a história.
 

 Rico e Lázaro, duas vidas, dois destinos na eternidade

O homem rico, é claro, cercou-se de luxo (v. 19), enquanto Lázaro lutava a cada dia apenas para sobreviver até o próximo dia cheio de pobreza e dor (vv. 20-21).
Ninguém pode escapar da sepultura, no entanto, e com o passar do tempo ambos morreram. Mas, em vez de reduzir esses dois indivíduos diferentes à semelhança da morte, suas diferenças na verdade são aumentadas. O rico, “estar em tormentos” (v. 23), estava ciente do conforto de Lázaro no “seio de Abraão” (v. 22). O intercâmbio entre o homem rico e Abraão, e a instrução atemporal que Cristo deu, são bem conhecidos.
Observe também o contraste entre “carregado” e “enterrado” em nosso texto. O corpo do mendigo foi, sem dúvida, despejado sem cerimônia no túmulo de um mendigo, enquanto o cadáver do homem rico foi colocado em um sepulcro caro e seu funeral assistido por muitos amigos e enlutados. Mas se olharmos além do espectro terrestre, enquanto o rico implora por misericórdia e alívio do tormento, o espírito eterno do pobre é “levado” por seres angélicos ao seio de Abraão, onde “agora ele está consolado” (v. 25). Para Lázaro, e de fato para todos os que agora morrem no Senhor, “tragada foi a morte na vitória” (1 Coríntios 15:54).
Não que atualmente o facto de ser pobre e desgraçado garanta o céu, a salvação. Mas no caso de Lázaro que morreu antes da vinda do Senhor, garantiu ao menos uma purga de pecado, coisa que o rico não teve, por isso Jesus nos diz que dificilmente um rico entrará no Reino dos céus (Mateus 19:23-24), e que bem aventurados são os pobres (Lucas 6:20). Atualmente, no entanto, a garantia de salvação é encontrada APENAS E SÓ pela crença em Jesus, seja alguém rico ou pobre, ainda que num mundo de tentações materiais talvez seja mais difícil aos ricos aceitar Jesus.
 

Conclusão

Esta história, apesar de passada numa realidade anterior à vinda de Cristo, reflete uma realidade imutável:
O que somos e fazemos neste mundo terá reflexos na eternidade, e se aqui tudo tem um inevitável fim, na eternidade as coisas são por inerência...ETERNAS!
Reflita sobre isto e se for cristão você sabe que Jesus já morreu para livrá-lo do tormento, mas se não for, um conselho…se entregue ao Senhor como seu Salvador pois apenas Ele é garantia de um passaporte para se livrar das trevas e amanhã... pode ser tarde demais.
 
 
 

Fontes:

 
https://www.theberean.org/
Igreja Apostólica Verdade e Vida